sábado, 3 de outubro de 2015

Ela, Pois, Não Reconhece Que Eu Lhe Dei…



(Se fores tirar um minutinho para ler, vá até o fim da pagina, copie e cole o link da musica, e leia-o ouvindo-a)


“Ela, pois, não reconhece que eu lhe dei…”

(Oséias 2:8-23)

“Ela, pois, não reconhece que eu lhe dei…” A perfeita ilustração da visão do pecador. Eles não reconhecem a Graça, o favor imerecido. “O grão, o mosto e o azeite”, a palavra, o perdão e o Espírito não são cridos, mas rejeitados. Porventura há terra mais árida que os campos de Israel? Entretanto, ali mesmo houve colheita. Ainda há vida no mundo, pelo mesmo motivo que ainda há colheita em Israel: “…Eu lhe dei…”, diz o Senhor. Entretanto, as dádivas da Graça são dadas aos ídolos. O ouro e a prata são para Baal. A Glória e a Redenção estão na religião, na filosofia, nos homens. Cessam a fertilidade dos campos, a lã que já não cobre a nudez (Gênesis 3:21), o gozo e a alegria pelas coisas criadas para os homens (“As suas festas, as suas luas novas…”). O pecador, então, se encontra no único lugar em que percebe a Luz da Salvação brilhar, no deserto. Onde todas as coisas criadas são tiradas, onde dá-se ouvidos ao Espírito que fala aos seus corações. Quem se endureceria estando desgraçado, miserável, pobre, cego e nu? Talvez a euforia das “suas festas” encobriu o ouvido e o coração daqueles homens para o chamado do arrependimento. Certamente, não é a boa, perfeita e agradável vontade de Deus que os filhos de Israel fossem entregues aos inimigos e às feras. Saem as coisas criadas, e dá-se lugar ao Criador. Pode-se dizer como Davi (Salmo 51:12), e sentir a alegria ao ouvir a voz de Deus os chamar desde o deserto. Ali canta-se como nos dias da mocidade, como se não houvessem os pecados dos dias posteriores; pois ali o Senhor os tira da escravidão para a Sua Libertação. Ali mesmo será chamado de Marido, e se fará uma noiva fiel, não mais uma viúva do mundo. Dos dias da desobediência não falarão, e os antigos maridos chamados “Pecado” e “Iniquidade” não terão seus nomes lembrados. Haverá paz e conforto no leito de descanso, pois as marcas de ontem não despertam no dia seguinte. Tomarão as virtudes do Senhor da Graça, como noiva adornada de vestes brancas de Justiça e Misericórdia. Naqueles dias os céus voltarão a derramar suas dádivas à voz do Senhor, e voltará a abundar em palavra, perdão e Espírito. Então, com a mesma graça que faz com que a terra seca abunde em colheita, assim também chamará de Seu povo aquele que o traiu e será, então, amado como Único
Deus! Visto que esse povo viveu em abundância, mas só depois de passar pelo deserto voltou a conhecer e a encontrar o Senhor Teu Deus.
Seja a nossa oração: “Senhor, leva-me ao ermo, local onde Tu fala e é ouvido. Abstenha-me das Tuas provisões até que eu me encontre tão somente em Ti! Amém.”
Escrito por Renato Morais

https://www.youtube.com/watch?t=105&v=ckI1arjmZ08

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