Um dia destes (muito breve) Partirei
sem remorso desta vida.
Quem sentir minha falta seja forte.
Sei que a terra em meu peito será leve
Se pesada me soube a dura lida
E quem viveu no bem não teme a morte.
O que a vida será? Que será a morte?
Que haverá que eu não saiba muito em breve?
A ciência dos homens, por mais lida,
Não decifrou sentido nesta vida.
Toda filosofia que se leve do mundo vão,
nada terá de forte.
Bandeiras coloridas nalgum forte
Fremem sempre de vida.
Mas a morte Há de vir mansamente,
o passo leve, Lembrando o ocidental da vida breve.
Pois só de brevidade vive a vida,
E de magoa de dor, de dura lida.
Quanto haverá de premio após a lida
A quem não se curvou, a quem foi forte?
Ou é pura ilusão do Mundo, a vida?
Ou o sono sem fim, nirvana, a morte?
Sonho a se esvanecer, fumaça breve
Que o vento mais sutil num sopro leve?
EDMIR DOMINGUES (1927 A 2001)
sem remorso desta vida.
Quem sentir minha falta seja forte.
Sei que a terra em meu peito será leve
Se pesada me soube a dura lida
E quem viveu no bem não teme a morte.
O que a vida será? Que será a morte?
Que haverá que eu não saiba muito em breve?
A ciência dos homens, por mais lida,
Não decifrou sentido nesta vida.
Toda filosofia que se leve do mundo vão,
nada terá de forte.
Bandeiras coloridas nalgum forte
Fremem sempre de vida.
Mas a morte Há de vir mansamente,
o passo leve, Lembrando o ocidental da vida breve.
Pois só de brevidade vive a vida,
E de magoa de dor, de dura lida.
Quanto haverá de premio após a lida
A quem não se curvou, a quem foi forte?
Ou é pura ilusão do Mundo, a vida?
Ou o sono sem fim, nirvana, a morte?
Sonho a se esvanecer, fumaça breve
Que o vento mais sutil num sopro leve?
EDMIR DOMINGUES (1927 A 2001)
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