A você que me julgas, com certeza você não me conhece...
Um dia todas às marchas cessarão, todos os caminhos serão interrompidos, e não restará bifurcação alguma que poderemos pegar, não haverão atalhos afinal, a história vai estar escrita, o Livro de nossas vidas estará publicado, e infelizmente eu, você e ninguém poderemos autografá-los. Caberá apenas aos livros, a mídia da época, que quando alguém despercebidamente pesquisar, de mostrar toda a verdade sobre o que fomos e o que fizemos...
Todos os governos, todos os regimes, todas as crenças que de maneira errônea foram aplicadas, o político corrupto, aquele falso amor, o amigo de fachada, a esposa traiçoeira, o esposo devasso, o empresário enganador, o Homem honesto, a divina mulher, o falso profeta, ou quem falava a verdade, o assaltante ou o assaltado, o indeciso ou quem achava que sabia o que era ou que possuía, todos sucumbirão ao pó...
Mas há algo que todos nós desconhecemos, ao meu ver o Homem mesmo sem perceber tenta imitar Deus, criando suas regras e leis, aqui nós por muitas das oportunidades as usamos de maneira injusta e em benefício próprio, já às leis da Criação mesmo que por agora sejam apenas imaginárias, não teremos como burlá-las, não haverá suborno, Deus não poderá ser comprado, até porque na nossa urna mortuária não levaremos nada do que acumulamos vida a fora, então, não haverá como barganhamos com Deus, eu e você poderemos apenas mostrar-lhe o que fizemos por aqui, o quanto de amor dedicamos ao nosso semelhante...
Aos que já se foram, que Deus os entenda e os julguem conforme seus merecimentos...
Já quanto a mim e a você que ainda estamos por aqui, que tal mudarmos o nosso último capitulo, que acha de fazermos diferente, vai que às leis imaginárias existam mesmo, e se assim for não sentiremos tanta vergonha ao nos encontrarmos com Deus...
Bem, e se as tais leis não existirem, pouco importa, pelo menos nós conseguimos ser por aqui um pouco melhores para os nossos semelhantes e para com nós mesmos...
Reedite seu livro, feche-o com chave de ouro, ainda há tempo...
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