Eternamente Crianca!..

A criança que corria solta
Nas belas veredas da infância
Hoje cresceu um pouco
Mas continua sendo criança!..

Nas sombras do cajueiro
As margens da estradinha,
Passou boa parte da infância
Aquela criança sozinha!..

Seus pais por imposição da vida,
Partiram sedo de mais.
Não via a hora o menino,
De se tornar capaz!..


A vida seguiu seu curso,
E o tão sonhado dia chegou.
De correr pelo mundo a fora,
E a estradinha pegou!..

Cajueiro, infância e a estradinha,
Todos ficaram para traz.
Pois sabia aquele menino.
Que o mundo era grande de mais!..

A poeira estrada a fora
Lhe enchia os olhos de ardor.
Desistir nunca, ele dizia,
Pois acredito no amor!..

Das lutas que travou com a vida,
As marcas lhe são tantas.
O mais valioso tesouro que conquistou,
Este ele nos deixa como herança!..

Se a cruz te é pesada de mais,
Sorria e siga adiante.
Não se deixe nunca ficar velho de mais,
E seja uma eterna criança!..
Acelino José Aparecido