Bailarinos da Escuridão

Tudo era  silêncio, absolutamente tudo que havia viajava numa pequena esfera, embalada ao som eterno do silêncio, então, eis que um grande engenheiro, o maior engenheiro que existe, tudo transformou, e com um leve tocar de suas mágicas mãos, transformou a perfeição de uma pequena esfera que viajava solitária no vácuo, desorganizou-a para recriar a perfeição.

Então houve-se uma grande explosão, a maior que já existiu, essa explosão espalhou tudo que havia dentro da singela esfera universo a fora, dando origem a uma gigantesca bagunça, se estivéssemos presentes naquela época, nossa ingenuidade nos diria que nada teria conserto e que tudo havia se acabado. Eis que o Engenheiro do universo é mais profissional de que podemos imaginar, ele foi organizando todas às peças em seu devido lugar, criou todas às galáxias e seus respectivos sistemas solares, e dentro dessa obra genial, criou o nosso sistema solar, deu forma a uma gigantesca lâmpada e girando entorno Dela todos os planetas que compõe o nosso sistema, e dentre esses planetas estamos nós, a uma distância habitável da nossa grande lumière,  perto de mais não existiríamos devido ao calor, e longe de mais não estaríamos por aqui devido ao frio intenso.

Hoje eu sei e compreendo tudo isso, eu abri meus olhos para à escuridão, apesar de existir a nossa lâmpada gigante, somos filhos da escuridão, “antes da explosão não havia luz”. Tudo é tão distante que até à luz se acaba, então, vagamos em meio a luz do dia e a escuridão da noite, sou sabedor que à luz permeia os confins do universo, mas ela é tão rápida que não a percebemos, por isso tudo que habita o universo vive na escuridão, nossos planetas são bailarinos eternos da escuridão, ora no dia ora na noite, segue-se à dança, e abordo de um deles vamos dançando a musica eterna da vida.

Já imaginaram como é perfeito o nosso Engenheiro universal?  Da perfeição ao caos, e do caos a perfeição. E essa história se repetirá ao longo das eras, tudo vai morrer e tudo renascerá um dia.

Nossos planetas e todos os corpos celestiais, são apenas bailarinos na escuridão, tudo vai depender de como os enxergamos.

A minha vida e a sua vida segue o bailar do tempo, que saibamos então aproveitar a luz do dia, e que mantenhamos os olhos abertos para a escuridão da noite, é nela que os mistérios de Deus se escondem.

Fiquem atentos, o eco da explosão ainda ecoa em nossas vidas, é só olharmos para o céu noturno.