sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Eu e a Solidão



Em certo dia, ele nasceu
Sem pai e mãe, cresceu
Sozinho, sempre viveu
Mas sua vontade de viver nunca morreu.

Sentimentos ainda eram desconhecidos
Talvez, até esquecidos
Por quem, no lugar, do coração
Tinha lugar apenas à razão. 

Quando descobriu o amor,
Junto com ele veio a dor
Mas dor que desatina sem doer
Em fogo que arde sem se ver.

Nas palavras, ele imaginava
Alguém que, talvez, o amava
E então, esquecia-se do mundo
Quando mergulhava em outro profundo.

Até que um dia ele a encontrou
Apaixonou-se e muito lhe amou
Para ela, entregou seu coração
Dela, recebeu apenas a ilusão.

Há algo que te deixa mais perdido,
Sem esperanças, muito desiludido,
Tudo ao seu redor não parece ter sentido
Do que o amor não correspondido?

Mergulhado no mar da tristeza,
Turbilhões de pensamentos na cabeça
Encaminhavam-no à direção oposta,
Tentando encontrar uma resposta.

Após curar-se, voltou a adoecer,
Pois sentiu seu coração endurecer
Por não querer mais amar
Para não mais se machucar.

Já catou outras depois dela,
Mas nenhuma igual a ela
Teme não encontrar em outra mulher
O verdadeiro amor que todo homem quer.

E assim ele permanece,
Correndo e caindo, enquanto mais cresce
Porque a vida não é perfeita
Só espera, de você, ser feita.

Saber aproveitá-la usando a inteligência
Sem preguiça mental e impaciência
Buscar a evolução intelectual
Livrar-se dos caminhos do mal.

Quanto ao tal amor?
Leve-o aonde você for
Sempre dê prioridade à razão,
Mas também escute seu coração.

O herói imaginário finaliza sua história
Ora triste, ora insatisfatória
Infelicidade não é o tema
Para quem tem a liberdade como lema.

Laércio Monteiro

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