sábado, 28 de abril de 2012

O Som do Silêncio




Olá escuridão, minha velha amiga e eterna companheira
Eu vim para conversar com você novamente
Por causa de uma visão que se aproximou suavemente
Bagunçou minha vida, desarrumou todos os meus sonhos e depois de tudo
Deixou suas sementes enquanto eu estava dormindo
E da visão que foi plantada em minha mente não consigo me livrar
Por mais que eu tente esquecer, ainda permanece
Dentro do som do silêncio!

Em sonhos, sem descanso e descalço eu caminhei só
Em ruas estreitas de paralelepípedos
Sob a áurea de uma lamparina da rua
Virei minha gola para o frio e a umidade
Quando meus olhos foram esfaqueados pelo flash de uma luz de neon
Que rachou a noite e tocou o som do silêncio
Me vi perdido, sob o som do silencio, e com a imagem dela a minha frente
Tudo se parecia como antes, a rua deserta de paralelepípedo, se transformou na estrada florida do meu passado, que com ela caminhava, minha noite fria se transformou em manhãs de primavera, momentos incríveis vividos sob o som do silêncio, sonhos que duraram ate o sonho acabar!
Acordei e me vi perdido em sua penumbra mais uma vez, não consigo caminhar, não consigo viver, preciso urgentemente acordar.
Amiga escuridão me ensine, me ajude a encontrar o caminho da luz, tenho que abandonar este sonho e desta mulher esquecer, necessito achar a razão de viver!

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